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Luz de Vela

(vista da casa sede)

Estava eu a caminhar na antiga fazenda de nossa família, que de tão antiga tornou-se uma velha amiga.

E com essa amiga estava a conversar, sobre o passado que tanto ali havia me marcado.

Durante o passeio, me veio a imagem de uma pequena capela, ali defronte o terreiro.

Suas portas estavam fechadas, era uma capela singela tal qual uma bela adormecida.

(vista da capela)

Resolvi intervir, pois ela precisava acordar, talvez até sorrir, com sua fé junto ao seu vizinho, o terreiro de café.

Acendi duas pequenas velas e ela resplandeceu bela, não mais adormecida.

Continuei meu caminho, já era tarde e lá ao longe ainda a via iluminada. Eram apenas dois pontos de luz, mas que transmitiam, um o amor e outro a devoção.

Cheguei em casa, confesso, até emocionado, e aí percebi porque era feliz, pois me recebeu de forma singela, com seus iluminados olhos verdes, minha Maria Arminda, que lembraram aquelas lindas luzes de vela, lá no interior da capela.

escrito por Juarez M. Alves
em 15/02/2000
depois de um bate papo com papai
Obs.: Maria Arminda é mamãe, falecida em 2000.

Luz de Vela | A história continua | Localizada na cidade de Santa Lúcia